Mediatismo da Covid-19, em Portugal

Nos meses de abril, maio e junho, a CISION captou 620.647 notícias relativas à pandemia Covid-19, nos meios de comunicação social portugueses, com o número de artigos sobre este tema a diminuir mensalmente.

As questões económicas foram abordadas em 0,72% dos artigos que mencionavam o novo coronavírus, os progressos médicos surgiram em 0,19% destas notícias, enquanto os temas relativos aos mercados financeiros foram mencionados em 0,03% dos artigos.

No período destes três meses, o surto ocupou 43,65% da agenda mediática, tendo alcançado os 54,74%, no mês de abril.

Durante o confinamento, verificou-se um aumento significativo das audiências na Televisão e nos sites de informação geral e foi, precisamente, neste tipo de meios que se registou o maior volume de conteúdos alusivos à pandemia, mas com os meios online a contabilizarem, praticamente, 2/3 do total de artigos captados. De seguida, apesar de bem distante, surge a TV, com 11,93% das notícias sobre a Covid-19, onde se assistiu, em vários canais, a um aumento dos blocos noticiosos.

O nome da figura pública nacional com mais presenças nas notícias relativas à Covid-19 foi o do Primeiro Ministro, António Costa, referido em 5,6% dos artigos, seguido pelo do Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, que surgiu em 3,1% dos conteúdos e de Graça Freitas, diretora da Direção Geral de Saúde, mencionada 3% das notícias.

Quanto aos protagonistas internacionais que obtiveram maior atenção mediática nacional, durante o segundo trimestre deste ano, os Presidentes dos EUA e do Brasil e o Primeiro Ministro britânico (que esteve internado nos cuidados intensivos, devido à Covid-19) destacaram-se, com 3,9%, 2,2% e 1,5% das menções, respetivamente.

No que diz respeito aos países mais referidos nas notícias portuguesas sobre o novo coronavírus, apenas o primeiro lugar do mediatismo faz coincidir personalidade e país, com os EUA no topo das menções, mas com a China a alcançar o segundo lugar e a Espanha, o terceiro.

Relativamente às empresas associadas aos conteúdos sobre a pandemia, a companhia aérea portuguesa TAP reúne, sensivelmente, o dobro dos artigos da segunda empresa mais referida, a NOS, com 1,61% e 0,86%, respetivamente. A Google encontra-se no terceiro lugar, com 0,70% das menções.

Esta análise teve por base as notícias referentes à Covid-19, entre 1 de abril e 30 de junho, veiculadas no espaço editorial português, em mais de dois mil meios de comunicação social (Online, Televisão, Imprensa e Rádio), monitorizados pela CISION.

A CISION disponibiliza, gratuitamente, entre outros serviços, o relatório semanal Insights, com os destaques da agenda mediática nacional, no contexto da informação sobre a COVID-19, aqui.